Mãe usa o corpo para salvar bebê de facadas do ex-companheiro; agressor é condenado
11/11/2025
(Foto: Reprodução) Fórum de Tocantinópolis
Cecom/TJTO
A Justiça condenou um homem a 12 anos de prisão por tentar matar a ex-companheira a facadas. Na época do crime, segundo o Ministério Público, ele também tentou matar uma bebê, filha da vítima. Durante o ataque, a mulher usou o próprio corpo para proteger a criança.
O crime aconteceu no dia 21 de fevereiro de 2016, em um povoado na zona rural de Tocantinópolis, no norte do Tocantins. O g1 não conseguiu contato com a defesa do réu até a última atualização desta reportagem. Ele ainda pode recorrer da decisão.
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O réu foi julgado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Tocantinópolis e condenado a 12 anos de prisão em regime fechado. Na sentença, o juiz Helder Carvalho Lisboa fixou uma indenização de R$ 50 mil por danos morais à vítima.
O réu teve a prisão preventiva mantida e não poderá responder em liberdade.
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Não aceitava o fim de relacionamento
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Conforme a denúncia do Ministério Público, o homem não aceitava o fim do relacionamento com sua ex-companheira, com quem teve um filho. Antes de cometer o crime, segundo o MPTO, ele havia ameaçado a vítima, dizendo que "preferiria vê-la morta a vê-la com outra pessoa".
Na madrugada dos fatos, o homem pegou uma faca e a amolou, alegando que iria descascar uma laranja.
Conforme o MPTO, ele esperou até que a vítima adormecesse em uma rede, enquanto amamentava sua filha de outro relacionamento, uma bebê recém-nascida. Depois se aproximou e desferiu uma pancada na cabeça da vítima com um pedaço de madeira.
A vítima caiu da rede atordoada e o réu passou a desferir múltiplos golpes de faca contra a ex-companheira. Ainda de acordo com o MPTO, durante o ataque ele tentou matar a bebê, mas a ex-companheira, desesperada, protegeu a criança com o próprio corpo, sofrendo diversos ferimentos.
A mulher conseguiu fugir e ainda foi perseguida pelo ex-companheiro, mas conseguiu pedir socorro. O laudo pericial realizado durante o processo confirmou um total de sete lesões na vítima e a existência de deformidade permanente.
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O réu foi julgado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Tocantinópolis e condenado a 12 anos de prisão em regime fechado. Os jurados reconheceram que o crime foi qualificadoprecurso que dificultou a defesa da vítima.