PCdoB aciona STF para impedir que BRB desconte salários de servidores distritais endividados
18/08/2025
(Foto: Reprodução) Portal do BRB com regras para benefícios sociais
BRB/Reprodução
O PCdoB acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (18) para tentar impedir descontos nos salários de servidores públicos endividados que recebem pelo Banco de Brasília (BRB).
O ministro Edson Fachin será o relator do caso. Ele pode dar uma decisão individual ou levar o tema ao plenário do STF – não há prazo para que isso aconteça.
Segundo o documento, são descontos "elevados e desproporcionais" superiores a 70% do salário que comprometem a subsistência básica dos servidores.
Os descontos feitos pelo Banco de Brasília ocorrem por conta de empréstimos consignados e dívidas de cartões de crédito.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp.
Tanto o BRB como o governo do Distrito Federal foram citados no processo e cobrados para realização de mudanças (veja abaixo).
Questionados sobre os descontos, o BRB e o GDF não responderam até a última atualização desta reportagem.
Maioria de reclamações de consignado são de empréstimos não contratados
Pedidos do PCdoB
O Partido Comunista do Brasil pede ao STF que obrigue o BRB em caráter liminar (temporário, antes mesmo de julgamento) a:
Parar imediatamente os descontos: que o BRB pare, em até 48 horas, de descontar dos salários dos servidores públicos do DF valores que ultrapassem 30% dos seus rendimentos
Readequar os contratos: que o BRB ajuste os contratos de empréstimos, financiamentos e cartões de crédito
Não gerar novos descontos: que o BRB não faça mais descontos que sejam maiores que 30% dos rendimentos
Fiscalizar: que o GDF, em até 48 horas, comece a fiscalizar o BRB para impedir os novos bloqueios acima de 30%
Criar um sistema de controle: que o GDF crie um sistema que impeça os descontos maiores que 30%
Devolver valores: que o GDF revise e peça a devolução de bloqueios acima de 30% nos últimos 60 dias
Apresentar plano de correção: que o GDF apresente um plano de 15 dias para acabar com estas práticas no BRB
LEIA TAMBÉM:
FOGO EM CARRO: STJ esvazia edifício-sede em Brasília após carro pegar fogo na garagem; não houve feridos
CEILÂNDIA: obra do BRT na Hélio Prates, no DF, já consumiu R$ 30 milhões, mas ainda está longe de ser entregue
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.